Pesquisa mostra que 13% já conseguem faturar nos mesmos níveis e outros 25% superaram a receita mas a verdade é que 6 a cada 10 bares e restaurantes ainda não retornaram ao nível pré-pandemia no ano de 2021.
A nova pesquisa da série Covid-19, realizada pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR), em parceria com a consultoria Galunion, especializada no mercado de foodservice, e com o Instituto Foodservice Brasil (IFB), mostra que 62% das empresas entre restaurantes, bares, cafés e lanchonetes ainda não recuperaram as vendas em relação à pré-pandemia, na comparação de julho de 2021 com julho de 2019.
Artigo por Redação Mercado Consumo, mercadoeconsumo.com.br (19 de setembro de 2021).
De acordo com a mesma pesquisa, 13% já conseguem faturar nos mesmos níveis e outros 25% afirmaram que superaram a receita no mesmo período. A pesquisa, feita entre 12 de agosto e 8 de setembro, contou com 800 empresas de diversos perfis – de redes a independentes – de todos os estados brasileiros, que representam 22.907 lojas, das quais 67% estão localizadas nas ruas e outras 22% em shoppings e centros comerciais. É o maior estudo já feito até hoje no Brasil durante a pandemia envolvendo o setor de foodservice.
O nível de endividamento das empresas do setor de bares e restaurantes segue alto no País: 55% dos bares, restaurantes, cafés e lanchonetes se declaram endividados. Desse total, 78% devem para bancos, 57% estão com impostos em atraso, 24% têm dívidas com fornecedores e 14% afirmam ter pendências trabalhistas. Do total de endividados, 48% afirmaram que devem levar mais de dois anos para pagar seus débitos e 63% disseram que vão aderir a planos de parcelamento, como o Refis e outros anunciados pelos governos (federal, estadual ou municipal).
Delivery já é 39% da receita
Outro dado relevante diz respeito à expansão do delivery, única maneira encontrada por muitas empresas do setor de bares e restaurantes para sobreviver à pandemia, principalmente após os mais de 100 dias de fechamento de março a julho de 2020. Em média, a receita hoje em delivery já representa 39% do total do faturamento das empresas. O número era de 24% antes da pandemia.
O estudo quis saber ainda se as empresas manteriam o delivery com o retorno do funcionamento da lojas. Além disso, 85% afirmaram que sim e outros 15% disseram que irão manter apenas as operações presenciais.
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