Verdades e mitos sobre a comida de hospital

Não é de hoje que a comida de hospital carrega a fama de não ser boa. Quem nunca ouviu a velha frase “comida de hospital é ruim, tem o mesmo gosto e não tem sal”, não é mesmo?

A situação é complicada e muitas vezes injusta com quem prepara as refeições em hospitais. É claro que muitas vezes nós queremos comer algo saboroso no hospital, como um lanche de hambúrguer, porém infelizmente isso não é possível. 

Quando precisamos ficar internados estamos precisando de cuidados e a alimentação também é uma forma de cuidado essencial para qualquer recuperação, pois nesse momento delicado precisamos de nutrientes para uma boa recuperação, e é claro que um fast food não vai suprir essas necessidades.

A fama da comida de hospital ruim começou de algum lugar e a popularidade se estabeleceu, de modo que agora é quase impossível mudar essa fama. Sendo assim, neste post reunimos verdades e mitos sobre a comida de hospital. Quem sabe assim não começamos a enxergá-la de uma forma mais positiva e atrativa, não é mesmo? Confira!

8 mitos e verdades sobre a comida de hospital que você precisa conhecer

Em alguns hospitais as refeições servidas têm pouco tempero, pois seguem as restrições médicas de maneira bem rígida. Além disso, em muitos casos, o apetite, paladar e olfato do paciente pode estar afetado pela doença e pelo tratamento.

Mas uma coisa temos que concordar, a comida fornece todos os nutrientes que nosso corpo precisa naquele momento. Nesse sentido, mesmo que ela não seja tão saborosa, ela cumpre seu papel quando precisamos nos recuperar.

Além disso, precisamos entender que os hospitais estão tentando agregar a gastronomia nos pratos servidos e isso nos dá um pouco de esperança de que ela fique melhor. Sendo assim, confira abaixo o que realmente é verdade e o que é mito sobre a comida de hospital.

  • A dieta é igual para todos os pacientes

Mito. Dentro de um hospital existem basicamente duas cozinhas, mas que funcionam no mesmo local. Uma é a que prepara a dieta livre, que é aquela servida para pacientes, acompanhantes e funcionários. Já a outra é aquela que prepara a comida de pacientes com restrições, ou seja, a famosa “dieta restrita”.

  • Há profissionais responsáveis pela comida do hospital

Verdade. A equipe de um hospital é composta por profissionais de nutrição que trabalham com a equipe médica para que as refeições servidas estejam apropriadas para os pacientes.

Esse trabalho exige empenho e dedicação, pois são inúmeras dietas preparadas diariamente e os pacientes normalmente estão tristes e nervosos com a situação, o que aumenta ainda mais o desafio de agradar.

Os cuidados não são apenas em relação à preparação das refeições. A comida de hospital também precisa ter uma boa apresentação, pois a utilização de cores e uma boa disposição de alimentos pode despertar ou não a fome no paciente que precisa de uma dieta reforçada.

  • Pacientes hospitalizados podem receber comidas de fora

Mito. Cada pessoa hospitalizada possui uma dieta prescrita pelo médico e, por isso, não deve receber alimentos de fora. Isso significa que se alimentar de comidas que não as do hospital pode ser prejudicial, pois o paciente pode sair da prescrição indicada. Dessa forma, um alimento que não está na dieta pode ser perigoso para o paciente, principalmente para aqueles que estão com processos infecciosos e inflamatórios.

  • A comida hospitalar precisa ter vitamina A

Verdade. A vitamina A é um nutriente que precisa compor a dieta de um paciente hospitalizado, pois ajuda na cicatrização e no bom funcionamento do sistema digestivo, respiratório e urinário, que é nossa linha de defesa contra infecções.

  • A dieta hospitalar é igual em todos os países

Mito. Cada país possui suas particularidades quando nos referimos a comida de hospital. O que a maioria tem em comum são saladas e legumes. Além disso, quase sempre é servida uma sobremesa. Sendo assim, as refeições refletem os costumes de cada país. Veja alguns exemplos abaixo:

  • Frango e talharim: Malásia;
  • Salada e torta de carne: Noruega;
  • Pão doce, purê, guisado com carne, legumes e leite: Estônia;
  • Verduras, frango ao curry, laranja e arroz: Suécia;
  • Carne a milanesa, salada, massa alemã: Alemanha;
  • Verduras, peixe, frango com abobrinha: França.

Sendo assim, cada país possui seu cardápio de comida de hospital.

  • Há dietas apenas de líquidos

Verdade. A dieta líquida é indicada para pacientes que necessitam de hidratação ou estão com problemas gastrointestinais e de deglutição. Desse modo, as refeições nesses casos são:

  • Caldos;
  • Sopas;
  • Sucos;
  • Mingais.

Cada refeição possui as suas particularidades, já que ela segue a prescrição médica. O ponto principal é que o doente deve fazer exatamente o que lhe foi indicado. Essa é a melhor forma de se recuperar mais rápido e de forma correta para poder voltar a comer normalmente.

  • Todas as refeições do Brasil incluem arroz e feijão

Mito. A comida de hospital considera o estado fisiológico e nutricional de cada paciente internado, devendo estar adequada ao estado clínico apresentado pelo paciente. Portanto, a dieta garante o consumo de nutrientes que preservam o estado nutricional.

Apesar de a dieta hospitalar ser padronizada em alguns casos, seguindo indicações quantitativas como consistência, volume, temperatura, índice calórico, entre outros, ela varia de região para região, com isso elas seguem a cultura de cada local onde são servidas, mas principalmente a orientação médica.

  • Vitaminas evitam infecções

Verdade. Uma coisa é fato e não precisa ser um profissional nutricionista para saber: a alimentação balanceada do hospital contribui diretamente para nossa melhora. A dieta equilibrada com nutrientes e vitaminas contribui para a resistência do corpo à infecções. Apesar de não ser nossa comida preferida, ela contém tudo que precisamos naquele momento. Por isso, os profissionais de nutrição selecionam cuidadosamente alimentos que compõem as vitaminas necessárias para o quadro do paciente.

Criatividade no cardápio

É inegável que a comida de hospital é conhecida por ser sem graça e sem gosto. Essa, entretanto, é uma visão antiga e equivocada sobre a gastronomia hospitalar. Em suma, como tudo tem se modernizado nos dias atuais, o mesmo ocorreu com os hospitais. Logicamente, a alimentação precisa ser delicada conforme o caso de cada paciente.

Nós desenvolvemos o artigo especial Cardápios de hospitais se destacam pela criatividade comentando sobre o diferencial de alguns hospitais na hora de montar um cardápio.

Saúde em primeiro lugar

Precisar ficar internado em um hospital por uma doença não é nada que planejamos ou desejamos, mas trata-se de algo que pode acontecer com qualquer pessoa. No momento em que nosso corpo precisa de cuidados especiais é que enfrentamos o pesadelo de comer a comida de hospital.

Fato é que a comida de hospital em alguns casos realmente não tem quase nenhum tempero, possui pouco sal e a aparência é duvidosa com uma cara nada apetitosa, não é mesmo?

Mas se em algum momento você precisar comer a comida do hospital, lembre-se que ela contém tudo o que você precisa e irá  ajudar você  a receber alta o mais rapidamente possível.

Então, se por acaso você não receber uma comida de hospital tão gostosa aparentemente, no final valerá a pena comê-la.

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